Fim do home office? Veja como ficará o futuro do trabalho nas empresas
Com o aumento da cobertura vacinal e uma maior estabilidade em relação número de casos da COVID-19 no Brasil, já há quem se pergunte até quando vai o home office. Mais do que isso, ideias sobre como as empresas vão absorver os aprendizados desse período e de que forma estabelecerão as novas estruturas de trabalho já estão sendo discutidas.
Colaboradores, gestores e o mercado têm suas visões sobre o que fazer depois do fim do home office. Suas opções vão desde voltar totalmente para o regime presencial até continuar atuando de modo 100% remoto e passam por uma combinação de ambas.
Neste artigo vamos explorar essas possibilidades do futuro do trabalho. Confira.
Afinal, o fim do home office chegou?
O fim do home office é uma ideia bastante discutida e até amplamente divulgada, mas a verdade é que ele não vai acabar definitivamente. De fato a pandemia mudou a visão de muitos gestores que temiam os impactos negativos desse modelo de trabalho e agora perceberam nele vantagens como:
- manutenção ou aumento da produtividade;
- redução de custos;
- elevação da qualidade de vida dos funcionários reduzindo a rotatividade e o absenteísmo;
- ampliação do número de profissionais qualificados disponíveis para contratação.
Acima de tudo essa é uma tendência para os próximos anos, respondendo ao novo estilo de vida que as gerações mais novas consideram ideal. De tal forma que oferecê-lo ajuda na atração de talentos e, por consequência, amplia a competitividade do negócio frente ao mercado.
O que as empresas planejam fazer?
Além das vantagens que trabalhar remotamente oferece para a organização, os trabalhadores também puderam estabelecer sua opinião sobre o assunto. Basicamente o que foi positivo para uns teve um impacto negativo na vida de outros.
Enquanto alguns não se adaptaram a desenvolver suas funções a distância, outras obtiveram assim melhorias pessoais e profissionais, eliminando o deslocamento até o escritório do seu cotidiano e conquistando mais produtividade.
De acordo com um estudo feito pela Revelo, 79,1% dos funcionários considera que o trabalho remoto é o melhor formato para atuarem. As projeções indicam que ele veio para ficar, com estimativa de crescimento de 30% no pós pandemia.
Diante disso, os empreendimentos perceberam a necessidade de se adequar às demandas dos colaboradores e aproveitar os benefícios. Para tanto, as empresas estão oferecendo novos modelos de trabalho para suas equipes: presencial, híbrido ou remoto.
Algumas disponibilizam todas essas opções e permitem que o funcionário escolha o que é melhor para ele, já em outras, essa decisão depende da função desempenhada. Há ainda quem tenha optado pelo retorno parcial como regra ou precise manter o teletrabalho para alguns membros do time.
O ponto principal é que o mercado mudou sua visão sobre a atuação a distância e com o fim do home office está deixando de lado a percepção negativa que tinham sobre ele para usá-lo como diferencial competitivo.
Como está sendo o retorno ao trabalho presencial?
As organizações que de alguma forma optaram pelo retorno aos escritórios ou precisam fazer isso, têm investido em estratégias para tornar esse momento mais suave para os colaboradores.
Além das medidas sanitárias que se mantêm necessárias — uso de máscara, distanciamento, higienização constante etc. —, a volta gradual prevalece. Assim, alguns critérios foram utilizados:
- faixa etária;
- área da empresa;
- ausência de fatores de risco;
- cargo.
Outra ação preventiva aplicada, que mudou o cotidiano dos funcionários e a maneira de organizar o trabalho, foi a flexibilização de horários. Após o fim do home office ela deve ir de encontro com a adoção do modelo híbrido.
O que os colaboradores pensam sobre o retorno ao trabalho presencial?
Os colaboradores divergem sobre o retorno ao presencial. Nem tanto devido à remanescência de preocupações com a saúde, visto que a vacinação avança e as medidas sanitárias têm sido mantidas, mas diante de sua experiência com a atuação no modelo remoto.
Para aqueles que os desafios do home office se mostraram difíceis de superar, o desejo por voltar ao ambiente empresarial prevalece. Porém, não podemos afirmar que seja uma unanimidade, principalmente porque houveram ganhos com esse formato.
Se alguns sentiram que o limite entre o profissional e o pessoal desapareceu, aumentando as horas de trabalho, para outros a flexibilização do expediente foi positiva. Ainda pesa na avaliação sobre o quão favorável é estar 100% para o escritório os gastos com transporte que podem superar os custos de trabalhar em casa, com internet, luz etc.
Como a empresa pode se adaptar aos novos modelos de trabalho?
Apesar da decisão sobre quais modelos de trabalho serão adotados e quais são os critérios para definir a melhor opção para cada funcionário ser da empresa, antes de qualquer coisa é importante abrir um diálogo com o colaborador para entender suas necessidades. Saiba o que fazer em cada caso!
Retorno ao presencial
A opção pelo fim do home office e retorno ao presencial, quer seja de maneira parcial ou integral, exige a retomada de todos os benefícios suspensos durante esse período. Nesse sentido, também é importante fazer as adequações contratuais de quem ingressou na companhia diretamente no sistema de teletrabalho e checar as convenções coletivas.
Manutenção do home office
No caso da manutenção das atividades remotas, a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) exige que a corporação forneça toda a estrutura necessária para a execução das atividades. Nesse sentido, soluções tecnológicas, como assinatura eletrônica e armazenamento em nuvem, são aliadas.
Apesar de não haver previsão legal, muitas organizações também estão oferecendo uma ajuda de custo para cobrir as despesas decorrentes disso, por meio de uma política interna de reembolso.
Criação de um modelo híbrido
Já o modelo híbrido deve considerar o conjunto de obrigações e boas práticas dos outros dois. Além disso, é importante ficar a par das tendências de mercado sobre novos formatos em que ele possa ser estruturado, a fim de continuar otimizando essa sistemática.
Em todas as opções
Por fim, independentemente da decisão tomada — voltar, ficar em casa ou um combinado de ambos —, adaptações podem ser feitas visando garantir melhorias para todos os envolvidos. A principal dica é realizar uma avaliação organizacional periódica para entender os efeitos dessas mudanças no seu negócio e no cotidiano da equipe.
O fim do home office não parece ser uma possibilidade entre os modelos de trabalho vigentes. Empresas e colaboradores estão passando por um processo de transformação e precisam se adaptar a esse novo momento - inclusive com o surgimento de novos modelos de trabalho.
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